quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ao menos, quando o carro subiu para o reboque, a sopa não se entornou muito

No dia 11 do 1 de 2011, fiz 30 anos.
Acordei e voltei a adormecer, porque achei que, como fazia anos, ninguém me ia dizer nada por chegar atrasada.
Não tomei banho porque tinha tomado no dia anterior.
Vesti-me de castanho e verde seco, cores de outono. Não ia mal mas também estava longe de ser um devaneio visual.
Escolhi uma das melhores fatias do pão para torrar e depois fui de carro. Não cheguei muito tarde.
Estava bem disposta mas tinha algum receio porque me iam dar os parabéns mas correu tudo bem e eu nem fiquei muito em pânico.

Trabalhei muito, fui muito produtiva.
Vi depois no telemovel e no Facebook mensagens de parabéns, demonstrações de afecto, que já tinham começado na noite anterior. Muita gente me deu o seu testemunho acerca de ter 30 anos. Diz que é mesmo espectacular, só coisas boas, muito melhor que a "pasmaceira" dos 20.

Fui ficando progressivamente mais bem disposta.
Veio a hora de almoço e as minhas amigas surpreenderam-me com umas galochas com laços azuis e verdes. Fui almoçar com uma amiga. Vimos umas senhoras a zangarem-se literalmente no meio da rua mas entramos no nosso café antes de vermos se chegaram a vias de facto.
Comemos filetes e arroz de grelos e ainda pedi sopa mas era mesmo muita comida e não a comi toda. 
Partilhamos um pudim.

A seguir fui conhecer o lar da minha companhia do almoço e gostei muito. Mora no Nº 11, ou então pôs lá a placa só porque era o meu dia de anos, não sei, ela não não me quis dizer.
Descontraí e fiz uma grande hora de almoço.
Estava um dia muito agradável, ameno e quase cheiroso. 
Conversamos e rimos até ao trabalho,

De tarde, fui menos produtiva e respondi à gentileza de quem me tinha enviado os parabéns.
A vida era maravilhosa e ficou ainda melhor porque me oferecerem um CD de bom forró, que pus logo a tocar.

Depois fiz-me ao caminho de casa.
Tive medo porque ia bem disposta mas podia correr tudo mal.
Estava algum trânsito, eu tinha algumas bolachas para comer mas o meu estômago estava tão confortado como o meu coração, mas cabe sempre mais um bocadinho de amor, de modo que comi duas.
Quando cortei para a minha saída da autoestrada, começou a dar o harvest moon e eu comecei a sorrir de uma forma muito estranha, assim parecia que ia rebentar mas não abria a boca nem mostrava os dentes, cerrei os lábios e sorri a musica toda.

No quintal um intervalo de boa disposição. Correu tudo bem, à parte da discussão sobre os bifes (penso que o arroz doce também veio à baila) que eu não cheguei a ouvir.

Assim sendo, e posto este sol, decidi que afinal não vou ceder e furar as orelhas.

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