As frases que começam por "os homens" começam a soar cada vez melhor aos meus ouvidos.
E isso deixa-me, para além de envergonhada por pertencer a esse grupo que utiliza essa forma de enunciação, deixa-me triste e confusa.
Confusa como uma mulher (rapariga) a quem lhe dizem que o ex namorado, que ela pensava que ainda gostava muito dela (porque ele lho dizia) e que ela lhe tinha destruído a vida, teve pelo menos 3 casos enquanto ela teve 0.
(não é que isto seja um campeonato mas era inevitável a comparação...)
Ora bem, ele até pode dizer: sabes, eu sempre gostei foi de ti.
Mas essa rapariga não vai entender.
Pior, essa rapariga vai dizer: poça, mas isso é fascinante, podes dizer-me o segredo da tua eficácia?
Ele fica triste: não estás a entender, eu nunca deixei de gostar de ti.
E enquanto ele diz isto, vai contando mais outra e outra história que foi tendo: E se achas que tu estás resolvida na minha cabeça, estás enganada.
E quando essa rapariga dá por si, está mesmo irritada porque na verdade até fica mesmo contente por ele estar bem, porque isso significa que afinal ela não é uma destruidora de vidas, mas no fundo ela quer mesmo é bater-lhe, porque ele a confundiu ainda mais.
E um pontapé forte na boca surge como a agressão mais indicada, e quando ele estiver no chão a sangrar e gemer, ela já menos enraivecida vai dizer-lhe:
Eu acho o que eu quiser percebes?
E vai pisar-lhe as mãos com as botas, talvez lhe dê mais uns pontapés, talvez ainda lhe diga espero que corra tudo bem, depois então passa por cima dele e a próxima frase que vai dizer vai começar assim: "os homens..."
E andar no mato à chuva, de galochas, a apanhar bolotas é muito melhor que aturar estas conversas de merda.
Detesto que me conspurquem a vida.
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