"En el momento que te escribo estas líneas es día 15 de noviembre de 2008 y yo, porque soy yo y soy así, no voy a ir directo al asunto."
Quando ele me contou lhe ia escrever uma carta, senti-me no sopé de um vulcão de ternura.
Juro-vos que foi como estar na iminência de ficar submersa em ternura.
Ao sair do trabalho, eu ia a pensar na má sorte do meu amigo, percorrendo a lista de raparigas de quem ele já gostou e abanando a cabeça a pensar que ele não as sabia mesmo escolher. Confesso que até me deu alguma vontade de rir pelo seu padrão de escolhas.
Mas quem escreve uma carta de amor, ou antes, quem envia uma carta de amor, com um selo, num envelope... quem faz isso está condenado a viver.
Dizia-me um outro grande amigo meu, a propósito da linguagem tantas vezes detestável do apóstolo Paulo, dizia-me então ele que:
- Mas não sabes que as pessoas apaixonadas são muito complicadas?
Riu-se e coçou a cabeça e aposto que também ele escreveria cartas de amor se pudesse.
Saber que anda aí, num saco de correio, uma carta de amor a seguir o seu destino, deu-me alento.
A verdade é que manter a ternura na dor é difícil e para mim, só ter uma prova da sua existência foi suficiente para eu ter algumas saudades do futuro.
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