segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Chattanooga Choo Choo

Eles dizem-me muitas vezes que eu só os estou a deixar porque ainda não percebi o que é o amor.

Daí a começarem a dizer que eu ando à procura do príncipe encantado vão uns 15 minutos se estivermos num sítio agradável. Mas se estivermos ao ar livre, e estiver frio, eles demoram menos que 5 minutos a falar nisso.

Penso que é porque gostam muito de mim.
E eu sei bem o que é isso de gostar de alguem: é um martírio. Ficamos totalmente desgovernados.
Ser correspondida torna-se numa obsessão, vive-se num desespero e numa inquietação permanentes e há um ponto de tensão - que mais tarde reconhecemos como o ponto da estupidez - em que nos parece que ofender o outro é o passo mais lógico a seguir.

E eu sou insegura e quando me dizem que sabem o que é o amor eu penso: bom, eu faço uma ideia do que seja o amor mas esta pessoa que está diante de mim parece ter muito mais certezas que eu por isso até se calhar o melhor é ouvi-lo com atenção.

Mas depois, possivelmente quando já estão muito fartos de "lutar contra mim" (expressão que também é frequente usarem comigo), falam nisso do príncipe encantado, com um tom ligeiramente insultuoso e com alguma arrogância à mistura, como se me estivessem a dizer:
Tu achas que vais encontrar melhor do que isto que nós temos mas não vais.
O problema não está no facto de não gostares de mim, o problema está em achares que sabes do que gostas.



Mas sei: gosto do Glenn Miller!

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