Passaram-se já muitos dias sem eu dar por mim a asneirar, bater, insultar ou sequer expressar o meu desejo por algum contacto físico.
Nada disso.
Não me ouviram a mim a dizer “vamos lá acabar com esta merda de flirt e vamos ao que interessa” nem me viram a mim a beliscar umas costas só porque me apeteceu.
Nada disso.
Nem sms convidativas, nem mails longos e lânguidos nem palavras descontroladamente fervorosas nem coisas como tu és mesmo giro nem tu deves beijar bem nem tu és meiguinho.
Nada disso.
Nem mamas nem pernocas nem ombros nem pés nem beijos de língua nem festas no cabelo nem calores na barriga nem ordinarices engraçadas nem cheiro de pele nem abraços longos nem apalpões nem arranhões nem cama nem lençóis nem sestas nem suores nocturnos nem nada, nem pensar, nem pensar!!
Nada disso.
Nem sequer conversas sobre irmos aqui ou ali ou fazermos isto ou aquilo sozinhos nem conversas sobre coisas que poderiam levar à questão inevitável:
- Mas afinal tu gostas de mim ou não?
Nada disso.
Decidi (sim, eu agora acho que posso decidir coisas, é uma nova situação na minha vida) que não é nada disso, nada disso, nada disso.
É outra coisa.
É aquilo.
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