quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Agora nem com muçulmanos me posso casar

A roupa deve ser confortável permitindo um elevado grau de mobilidade e, ao mesmo tempo, expressar qualquer coisa como "eu hoje quero mesmo é que me amem mas discretamente".

Eu uso combinação para que os vestidos assentem melhor e para que a mobilidade seja maior.
Faço-lhes um furo, e outro furo no bolso direito do vestido (tento compra-los com bolsos pois assim posso pôr as mãos nos bolsos para não ter que comunicar tanto com o corpo e posso usar a bomba com mais conforto e posso ainda guardar coisas como trocos ou as minhas listinhas de tarefas ou lenços ranhosos, evitando assim coloca-los dentro das mangas).

Contudo, mesmo com estes cuidados, as várias camadas de roupa que visto enrodilham-se, a combinação sobe, a camisola de dentro não está bem presa, os collants estão a cair, o vestido pende com o peso da bomba, tenho 3 sacos na mão, uma mala a tiracolo, um gorro a picar-me a testa e subo a Av. EUA.

São cerca de 20h30 e estou a pensar sobre a vida.

O que faço para o jantar e almoço, pode ser peixinho, o que tenho para fazer da lida da casa, o que poderei eu fazer pelos outros já que há um ano que não estou inserida em nenhuma actividade comunitária, o nevoeiro cheira a enxofre, ter que gostar de toda a gente é uma ideia romântica, eu no fundo sou sentimental mas não gosto de cerca de 70% das pessoas, vá lá, 67% em momentos de sol, ele devia levar a namorada ao jantar, o outro é um parvo e mexe as nádegas de uma forma ridícula, tenho mesmo que cortar o cabelo, amanhã vou levantar-me cedo e vou arranjar uma roupa de grau maximo de mobilidade porque eu, apesar de dizer a toda a gente o contrário, estou estalando por me meter em sarilhos.

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