- Tomei uma decisão - disse-me ela, quando cheguei da minha hora de almoço.
Bati palmas e dei um gritinho: Yeah, adoro decisões. É de trabalho ou de vida?
- De vida, da minha vida, e vai começar em Novembro.
- Uau, data marcada e tudo...
Eu também tomo decisões mas quase nem se nota.
Este ano terminei uma relação, saí de casa e coloquei uma bomba infusora.
Ah, é verdade, e "decidi" terminar a tese.
Se olharem para mim, nem dão conta.
Sou uma excelente escondedora de coisas profundas.
Enquanto ela me contava da sua boa decisão, senti a determinação na sua voz.
Fiquei contente, gosto quando isto acontece.
Isto: alguém me contar que tomou uma decisão e de assim irem "acontecer" coisas, coisas decididas, somos seres que determinam coisas, somos mulheres na flor da idade, sabemos o que queremos e se é Novembro ou Julho.
Acho isso o máximo, entusiasma-me, aproxima-me de Deus.
Outra coisa que tenho vindo a pensar, às vezes, nem sempre mas algumas vezes, é que se fizermos alguma acção, temos mais hipoteses de obter uma reacção.
A minha travessura matinal (que não devia ser feita assim tão cedo, quando eu ainda estou sem filtro algum e portanto mais apta a fazer merda) foi executada porque eu tinha tomado a decisão que a ia fazer.
Tive alguns sinais para não fazer mas fiz.
Por isso, vamos Benfica, ainda temos a segunda parte para jogar em casa.
Eu acredito, eu decido.
Mas eu tenho esta coisa que acho que a faixa da esquerda não é para mim.
Eu não me sinto como pertencente ao grupo de pessoas que habitam a faixa da esquerda.
Tudo bem, eu vou lá de vez em quando, eu finjo que até sou de lá, faço um certo ar como se fosse normal eu lá estar mas a verdade é que eu a faixa da esquerda não é o meu habitat natural.
Hoje é quinta.
Um dia a seguir ao outro.
Mais uma horita e tal e passamos a sexta.
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