quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Um post sobre as ondas porque importante é o tempo que se perde com a rosa

Sou melosa como a acácia infestante que foi cortada com a serra eléctrica no sábado passado, perante os meus olhos em paz.

E lembro-me de uma coisa boa que acontecia quando havia alguém na minha vida.
Era aquela parte do final do dia, possivelmente antes do jantar,era melhor quando não chovia, quando estava sol.

Então eu contava tudo o que se tinha passado nessa jornada, como se nas 8 horas que antecederam esse encontro tenha acontecido tudo o que pode acontecer numa vida sem sobressaltos.

Mas à hora do lanche não, porque ao lanche ainda dá para discutir.
Ao lanche, ainda estão a acontecer coisas da vida.

Tem que ser assim antes mesmo do jantar, porque não é a conversa do jantar, que já é conversa introdutória do descanso do serão. Não, é um pouco diferente.

Agora que tento descrevê-la, parece-me que ela nem existe.

Se calhar é isso: essa hora não existe.

É que é uma conversa que quero ter de rotina, assim só mesmo a falar do "escritório", num registo analítico e de humor, num registo inteligente mas leve, sem ser leviano.
São umas narrativazinhas, umas historietas que eu vou guardando durante o dia mas que não quero levá-las para a cama, nem quero jantar com elas.

Eu tenho uma ideia que essa hora existe, que tais encontros são possíveis.


Porque durante a minha jornada, eu guardo uma média de 10 a 15 segredos e há coisas que só se contam aos amantes.

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